Deixamos as palavras de fora
por serem corpos
os seus porta-vozes.
Na miríade de janelas
deitamos o olhar
nas que desembaraçam os mares.
Pudessem os silêncios
esboçar o tanto que falam os corpos
e eram poemas os tradutores de loas.
Deixamos as palavras de fora
enquanto ciciamos os segredos
de que são procuradores os corpos.
De pouco mais linguagem precisamos
a não ser os corpos tutores das coreografias
em rima com o silêncio.
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