Não se é novo
na véspera da eternidade.
Uma centelha foge do céu.
Desenha uma estrada de sonhos
e nós,
que novos somos,
anexamos o orvalho pendido das uvas
por sabermos
que é o elixir alojado na pele sem regras.
Nos socalcos a poente
o refrão entoa desde o vale profundo.
Não somos nós a profanar
o austero relógio que encomenda as almas;
deixamo-nos
por conta da vontade
arqueada na frontaria desimpedida
onde se assina o livro de honra.
Não se é novo
na véspera da eternidade;
E o que é a eternidade
se não uma servidão?
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