A boca sem tamanho
maior do que a boca de um cão faminto
estipula a chuva tardia
no arranjo delicodoce das árvores matinais.
Serve de estuário aos impropérios
diletante juramento das presas de infâmias
ou apenas um enclave
onde se situam as manhãs sem paradeiro
sem toponímia que as salve
sem fruição.
O sangue sincopado mente aos costumes.
A boca fanfarrona desdiz-se
e ninguém toma conta da mitomania.
Pudera.
Os costumes só são bons
se forem useiros no tributo à verdade
por mais que os seus apóstolos
mintam
com os dentes puídos que disfarçam
no impossível esconderijo da boca disforme.
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