Todas as tardes são pusilânimes
quando os aromas se escondem
nos verbos covardes
nos rostos seráficos que,
étimos de fingimento,
corroem a mais ínfima corrosão
deixando um telúrico vazio por dentro
no raiar do dia assim desapetecido.
Não é o vulgar irradiar do sol
que disfarça as intempéries interiores:
o basalto cobre a pele
e as mãos
tornam-se esquimós com medo do Verão.
Se ao menos
a tirania saísse do dicionário
talvez houvesse um arranjo
para as entorses do mundo.
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