Os olhos a carvão
arrastam a vírgula
na página emaciada.
Contam as sílabas
no úbere do tempo
a tempo de não serem tardios.
As clepsidras conspiram
braços a desmedo no nadar
o suor lavado no mar.
As tardes porfiam
um cessar repetitivo
em versos sentados no luar.
As comendas não se revindicam
lugares vazios no idioma
se os silêncios disserem mais.
Nada dizemos aos anátemas
às ermas marés
no regozijo dos motes entronizados.
No distante lugar
onde nada se faz dicionário
os rostos contam tudo o que é preciso.
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