Ouvimos
em surdina
os verbos esquecidos.
Lamentamos
em coro
as páginas desfalecidas.
Avisamos
o passado
para não ser vulto.
Arrefecemos
em segredo
a candeia do medo.
Habitamos
de corpo inteiro
o sangue crepuscular.
Admitimos
nas nossas mãos
as bocas impacientes.
Resolvemos
sem aviso prévio
as rugas que adejam no ocaso.
Desenhamos
em sílabas desabituadas
os labirintos que se antecipam.
Fintamos
com a destreza do Maradona
as trovoadas impertinentes.
Marcamos
nas costas do segredo
o lugar em Buenos Aires.
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