Os maus são uma minoria
– era da lavra de um espelho
onde se abastavam as desmedidas
e ninguém rimava com ilusão.
Os maus são a minoria
– sempre que os ventos
mugiam os tetos plúmbeos
e só os desatentos fugiam do Éden.
Os maus, minoria
– que uma centelha refulgente
em seu ocaso improvável
devolve os férteis frutos às mãos
e os desvalidos perdem a linhagem.
Os maus são uma minoria
– da tença de quem esgota a inverdade
e dela lança a sementeira
que estilhaça lugares-comuns delapidados
para um fogo de artifício ao menos extasiante.
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