O pensamento faz barulho
onde o corpo se esconde
quando a matéria anoitece.
O pensamento faz barulho
onde se encontra com o silêncio
quando as mãos estrénuas
esconjuram as vozes fraquejadas.
Quando
esquartejada a angústia
em finas camadas de frio
amanhecem as luas antigas
sobre o pano desarrumado dos sonhos.
A bucólica boca bebe de um trago
toda a baba dos pesadelos arqueados.
Tece os socalcos que descem
até sobrarem os silêncio ungidos
por deuses demissionários.
Mas o pensamento
continua a fazer barulho
até onde é ermo o lugar.
E esse
é todo o património
da humanidade.
Sem comentários:
Enviar um comentário