Os corpos esbracejam
multidões ansiosas por um aval
os seus abusivos xailes cobrem o silêncio.
Não há quem desmate a floresta sem luar
não há ninguém no arrumado altar das fugas
e os bardos já não têm repertório
vencendo, enfim,
o silêncio.
Os cálices maduros sobem às bocas.
Desaprenderam a nostalgia
e agora
saciados
compõem as fragas por se despenha o medo.
Sem céu por abrir ao luar
sobra a meada de neve
o longo apeadeiro onde se consomem as almas
no vindouro espelho que espartilha o passado.
O ontem
deixou uma amálgama retorcida
nomes e lugares e rostos e casas
embaraços tenentes da matéria puída
toda uma constelação de lúgubres lugares
à espera de lugar
na sepultura.
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