Sem o cimento
as varandas são precipícios
sem ninguém que se sirva do arnês
o medo anónimo subindo pelo gelo
os casacos remediados que não chegam.
Sem as mãos atrevidas
as cordilheiras são miragens
chamam os sentinelas a jogo
sobre o sabre que cauteriza as veias.
Desfeito o caudal desprevenido
atropela os sóbrios mascotes dos costumes
perdido entre a incógnita do medo
e a indigência dos procuradores da angústia.
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