Guardo o sangue passado
no rio que se torna mar
num futuro que não tarda.
Escolho as sílabas cantantes
entre o medo de ser
e a ambição de vultos torrenciais.
A fita métrica
sobe a andares altos
onde solenes discursam
os embaixadores da pertença.
Guardo o sangue
passado de desperdício a passaporte.
Se ainda for a tempo
digam que fui discreto
na convocatória de ovações
pois, assim como assim,
elas eram sempre em causa alheia.
Nunca soube
de mim ser
embaixador.
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