Martelo
és pneumático no percutir
e abandonas os choros ao troar insistente.
Martelo
por quem és
esvoaçando mistérios
alinhavados no movimento basculatório.
E se, martelo,
te vierem desmembrar
na solidão da madrugada altiva
seccionado a bigorna metálica
da haste em madeira puída,
de ti dirão que foste aliviado de serventia
agora perdido na inútil disfunção de ti mesmo.
Não tivesses sido algoz
agora à mercê da justiça com a assinatura
das vítimas que arrolaste.
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