Sem saber o que saber
atirei os dados ao seu sortilégio.
não sei se sairia um amanhã
ou a repetição de passados
intermináveis;
se seria amnistiado por um fado elevado
ou por uma estrada inclinada e sinuosa;
se haveria de vir à fala
ou ficaria aprisionado ao silêncio;
se seria eu a varrer as cinzas de antanho
ou a admirar o poente ao entardecer;
ainda hoje
já não sei quantas luas depois
ainda estou à espera
de saber pelo saber
o que o saber tem
para eu aprender.
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