16.6.25

Uma espécie de Torre Eiffel

Alvíssaras

das boas

daquelas com o baixo patrocínio

de uma alta patente

ilegível

com o beneplácito dos que usam cabeção 

– nunca se desprezem as cabeças à solta

e o erário privado

e as desengonçadas danças

de imprevidentes aprendentes. 

 

Que sejam roídas as unhas

mas sem ser de inveja:

antes 

um opúsculo impecavelmente encadernado

do que um vinho do Porto de olhos em bico

 

(se me é consentida

a expressão talvez levemente racista,

mas em todo o caso

protetora da DOP respetiva 

– costelas durienses noblesse oblige). 

 

Antes 

a chave perdida 

ou a fechadura por abrir

um druida ancião 

na posse de segredos de Estado

do outro putativo,

sósia do seu tutor em fala e raciocínio,

aspirante a nivelar por baixo

ou um mediador de seguros

desamado até por filisteus correligionários. 

 

Os que estiverem virados para esta moda

montem-se em tamancos:

muita será a água metida

sem submarinos por perto

um bibe para aparar a baba

ou uma cautela para amparar desditas.

 

Antes o simulacro

de uma Torre Eiffel

“tipo”.

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