O sismo fende as veias
no grito sancionado
que arruma o medo
em plásticas cores mudas.
Tolhe os músculos
convocando o magma fundo
sem deixar sem freio
a boca destemida.
Se admite vozes malsãs
em vez de concórdia banal
procura os sons dissidentes
como mnemónica da noite selada.
Entregue à sonoplastia cirúrgica
em marés iconoclastas
grutas sem claridade entreaberta
e escadas à prova de corrimão.
Os violinos não desdenham
paradas de multidões em silêncio
são eles os feitores dos sons
sobrepostos aos emudecidos corpos.
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