6.6.25

Mil sóis

Mil os sóis que se põem

outros tantos são os alvores

prometidos.

Os olhos embebidos no sono

a jura da madrugada

e de trespasso

os sonhos atiram-se 

para dentro de outras vidas 

verticalmente assíduas.

Mil os sóis que se põem

sem nunca serem ocaso total:

lugares de outras latitudes

acendem o sol 

enquanto noutro a noite triunfa.

Os sóis têm de ser mil

eles que nunca têm o sono por atalaia.

Sem comentários: