Ó delicada fonte
que salivas gota a gota
o teu soberano desdém
pelas heresias escoltadas
pelos nenúfares sublimes
dos códigos de conduta
auto-validados.
Ó
do teu peito geográfico
toda a cidadania perfumada
com o sabre da opinião fácil
e eu
daqui modestamente te digo
que adoro habitar nos antípodas
amassando a massa-mãe dos pecados,
ou lá o que isso é,
limpando com o guardanapo do almoço
os restos dos dias desaproveitados
por gente assim fiel às suas fidelidades.
Ai de vós
avós do pueril escafandro
que vos protege do mundo lá fora
que ensina a roda a rodar ao contrário.
Pois assim que se arrependerem
e de mim se colarem
juro logo ser outro ainda diferente
no compasso sem regras
que habilita os que se esqueceram
de causas
por causas (absolutamente) naturais.

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