No vagar das luas demoradas
chamo pelo teu nome.
Espero
na empreitada de generais sem arsenal
os braços nus;
eis a herança que deixo
para memória futura.
Escolho os baldios como pátria
prefiro às cidades onde
puídas
habitam as pessoas que jogam ao acaso
e se perdem num labirinto de incenso
atiradas à sua decadência.
Pelos ombros da tarde
vigio as janelas arrumadas
que esperam pelo ocaso.
Não pedimos lume à noite
as ramagens adormeceram sob os auspícios
do vento entretanto omisso.
Digo o teu nome
e o teu rosto
o teu corpo dádiva
sobem ao promontório destemido
e as estrofes vulneráveis
tornam-se o idioma que nos faz falar.
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