Chamamos os diamantes por grosso
um lápis assentando no xisto
a tentar fazer a diferença.
O fortuito pesar não pesa nas olheiras
que antes de serem um acaso
fruem das varandas deitadas
sobre as luzes varonis.
Sedentos de labirintos escondidos
os moradores das almas gastas
todavia
desencomendavam-se da decadência
atribuindo-a vizinho primeiro.
Antes que viesse a noite
que desse lugar ao luar furtivo
deixando a ossatura bem composta,
desistindo do empalidecido dia insistente
na vertigem de um beijo ajuramentado,
juntámos as páginas num sobressalto sem nome.
Sempre dissemos
que não tínhamos medo de aeroportos
e as avenidas fartas à mercê de idiomas tantos
disso fizeram prova.
O testamento dar-se-á a conhecer
em memória futura.
A espera é o que nos espera
enquanto não nos debatemos
com a exaustão da lisura.