Não constam do património
os restos de dias sem bitola.
Os murmúrios
rugem nas arcadas da memória.
Não se desembaraçam
na sua infinita complexidade
como se neles houvesse labirintos puídos.
Às vezes
o caudal desvia-se das intenções
e são os pés gastos que narram a história.
Sem o avesso da pele
não contamos;
nem como cobaias de nós mesmos.
Oxalá houvesse fronteiras.
Só pelo prazer de as atravessar.
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