O som das árvores
ecoa na planície
o ostensivo ranger de dentes
que pede meças ao silêncio.
Os oráculos, hiperativos,
dedicam-se à prestidigitação do passado
movendo-lhe as costuras
até serem a sombra pálida
do espelho que protesta contra o pretérito.
Os dedos imprevidentes atiram-se ao futuro.
Pecam por defeito:
se as medidas estivessem calibradas
o futuro seria apenas
uma remota lembrança.
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