O lugar vago
não é o paradeiro sem intenção
uma espécie de orfandade estiolada
um pesar que se pesa
na lassidão de um silêncio.
O lugar que se vaga
é uma metáfora que se desenha
na urdidura dos dedos artesãos
afidalgados por uma vontade estrénua.
Os lugares que vagam
estão à espera
do lugar de um corpo.
Nunca chegam a vagar
enquanto não for vaga a vontade
dos corpos que se não rendem
ao vagar.
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