25.11.21

Beligerância contra o silêncio

Não há mudez por antecipar. 

É o Evereste de todos os dias

a fala imperativa

o estorvo derradeiro 

à solidão. 

Não se conjugam verbos

no nevoeiro que tudo embacia:

contadas as sílabas 

com o vagar da indolência

sobra um tudo imenso

à conta da narração. 

A fala fica

então

à espera da comenda

antes que o sangue se cale.

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