A boca
traz o palco
em sobressalto.
Calada
morde os lábios
à espera de destronar
o silêncio.
Dela se teme
um abalo telúrico
a ossatura estilhaçada
no rumor da palavra canina.
O sal não está à venda.
Apalavra-se o entardecer
no fio delgado
da memória.
Dessas palavras nunca vãs
há de o silêncio
perder trunfo.
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