Os nomes
hasteiam princípios
uma gramática por vezes esquecida
no contemporâneo desfile de egos cingidos.
Os nomes
já não contam
ou são tomados por pouco contarem
escondem vidas atrás de um biombo
a sagração da indiferença recíproca.
Os nomes
são como idiomas não falados
grupos sanguíneos afeiçoados
à medida dos corpos estranhos
que os outros passaram a ser.
Os nomes
são apenas os nomes
um pretérito estilhaçado
no imperfeito que rima com o futuro.