No fojo
por onde fuja
o lobo em metáfora:
o mel diuturno
chama o algoz
à espera das tornas
da lua.
Entontecidos
os rapazes
tiram-se do mar.
Os velhos
protestam um silêncio.
O mar não é menor
à espera da maré
entre remoinhos bastardos
que desmaiam na areia.
Dizem:
o mar
esqueceu-se do sal;
ou então
o sal exilou-se
nos rapazes estouvados.
Dizem:
os rapazes
foram o fojo
para o sal entediado.
E os rapazes
transfigurados,
cais
das mais temíveis
tempestades.
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