O molde puído
esconde a verdade da pele.
Não se atira fogo ao lago
nem a trovoada se encanta
por sereias fantasmas;
no fogaréu alinhado
as vozes entontecem-se no mito banal.
Não são as janelas que deixaram de abrir:
é o desmodo de viver
o planalto onde se semeia a aridez
a grotesca exibição dos excendentários
a fábrica de transações a descoberto
onde os alpinistas sem escrúpulos
sobem na medida da descida.
A verdade da pele
arranjada sob o disfarce das cicatrizes
estilhaça o molde puído.
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