O objeto cortante
antecipa a véspera da fala.
Se ao púlpito chegassem as preces
seria mínimo o dano
e os provectos eremitas não cuidariam
da hermética gramática sem conhecedores.
Os tribunos esqueceram-se da forma
e nem aos tribunais recorrem,
suspeitos de serem réus em primeira linha.
Não se sabe
quem tem o objeto cortante na mão.
“Agora já não é como dantes”
(a ladainha que percute a pele gasta
dos arcanos que vivem aprisionados
num tempo esquecido):
os detetives estão todos reformados.
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