Não sei dos números em barda
os que falam em vez do silêncio
em ondas sem cessar
que ajeitam o dia.
Não combino farsas
com os circenses que se pavoneiam
deixo para depois as cortinas com enfeites
e parto do cais para chegar a casa.
Não abandono as ideias sem patrono
nem deixo que sejam órfãs
as palavras arrancadas aos escândalos.
Não fujo do âmbar das palavras
nem que um cerco sem remédio
tome conta do peito.
Aos sinos sem fala
não conto o desenho do amanhã.
Prefiro que sejam os instantes
a caiar as paredes vetustas.
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