O tempo vigilante
não deixa portas
por tecer.
O tempo diligente
não responde
pelos ausentes.
O tempo não subserviente
é o torno onde se emoldura
o esquecimento.
O tempo ausente
a dádiva improcedente
no arrojo dos altivos.
O tempo pungente
o cais em fuga
da pertença.
O tempo farsante
penhor dos olhares
em falta.
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