6.6.21

Conferência

O tempo vigilante

não deixa portas

por tecer. 

 

O tempo diligente

não responde

pelos ausentes. 

 

O tempo não subserviente

é o torno onde se emoldura

o esquecimento. 

 

O tempo ausente

a dádiva improcedente

no arrojo dos altivos. 

 

O tempo pungente

o cais em fuga 

da pertença. 

 

O tempo farsante

penhor dos olhares

em falta.

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