3.6.21

Tecelagem

Perseguia a manhã sem nome

e dei às mãos sedentas

a tua silhueta. 

 

A enseada escondia os segredos murmurados. 

 

À altura do entardecer

pedimos água à pele suturada 

com o suor do dia. 

 

Dissemos:

 

este 

é o tempo 

de que somos procuradores

um remoinho sem vento por dentro

os dentes à mostra

decifrando todas as sílabas

no Norte 

sem fim.

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