Cicatrizes em hibernação
na combustão do esquecimento.
Retiram-se as costuras aos verbos
e ficam só os nomes
a arcaica compostura dos distintos.
Se os minotauros não fossem magros
tomariam aos fantasmas o lugar.
Mas as janelas baças
escondem o puído do dia,
talvez por ser tardio.
A carne exposta
entrega-se aos espelhos suados.
Em convulsões,
desenha o poema furtivo
na praça onde se põem
em todos os entardeceres
as glicínias apalavradas.
No esteio largo dos homens sem medo
a pele torna-se o magma esperado.
O sono
pode virar a sua página.
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