Vago a pele na tarde sem marca.
Havia musgo
versos e sintonia
entre a amálgama do saber
e o vazio da morte.
Se em meu pecúlio me escondo
não é um estertor a carpir um futuro;
é a serena exposição dos abetos
arbustos como outros
a notável indiferença que somos sem mágoa.
A tola esperança na fadiga dos estetas
agrava os fusíveis sem escala
e nas trevas ferve o destemor
por conta das mãos contundentes
que não se desalojam das raízes fundas
a razia a prazo no pranto sem juras.
É neste magma que ordeno a lava.
Façam-se por conta das anónimas preces
os volteios que
registados
se fundam nos vitrais.
Entre a maré da tarde
e a incontinência da noite
sou eu
marinheiro sem praça
a estiolar no clã que se estremunha
eu,
perdidos os versos na armadilha da fala,
sentido com tanta prodigalidade.
Da marca
não registada
levo a pele
aberta por tatuagens sem autor.
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