Na sentinela de um tempo habilitado
as vozes esquecidas arrumam os despojos
e os corpos nus perfilam-se no luar aberto.
As paragens anunciam os comboios completos.
Não interessa, já íamos a pé
e a impureza genesíaca não se abate
com vozes soturnas e verbos sem paradeiro.
Fechamos os olhos
e vemos a aurora boreal
desenhada no avesso do olhar.
As cortinas escondem a ossatura da casa
a ossatura dos seus moradores.
É assim a pele despida
de sentinela ao desejo que se consuma
na finitude dos teatros gentis.
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