O Inverno marca a herança
dos sábios.
A penumbra constante
é o mosto que ascende desde a manhã
e cobre o dia inteiro
como se à sua totalidade fosse reservado
uma plácida imagem.
No Inverno
as cores levitam
desmaiadas.
Arranjam-se as veias
que precisam de seu sazonal repouso
antes que a embriaguez de cores
e a pulsão dos corpos habitados pela Primavera
ocupem o lugar destemido.
No Inverno
busca-se hibernação
a alternativa para custear a existência
no inconfessado deleite
de a averbar no convés da alteridade.
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