3.1.22

Rosa dos ventos

A roda dos ventos

vestira-se com o mais fino traje

aquele que se servia

de nobre fazenda 

– o traje cerimonioso

que vê a luz do dia 

um punhado de vezes. 

Apessoada e vaidosa

a rosa dos ventos esperava pelo vento 

que se jurava iracundo. 

As previsões dos peritos saíram furadas. 

E ali ficou a rosa dos ventos

prostrada

refém da melancolia

ao saber que o vento 

primara pela inércia. 

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