Senti os poros do mar
na semântica do entardecer.
Não era reparador
e as candeias que esperavam pelo rastilho
faziam de conta
– faziam de conta que eram másculas
ou feitorias
por onde espreitavam espiões desarmados
ou amorfos periscópios que espiavam
a penumbra.
Do entardecer válido
reuni as mãos por adestrar
no convencimento das noites sem paradeiro
entre o sal sangrado carne adentro
e o povoado chão
que ardia na silhueta desmaiada da escopeta.
Dantes
os muros não fugiam do olhar angustiado.
Dantes
o mar era o exílio.
Sem comentários:
Enviar um comentário