O dia desmaia
em suas esmeraldas nuvens
amnistiadas pelo acobreado pressentimento
do véu crepuscular.
Deposto ao nosso olhar
o estuário testemunha
no nosso regaço.
Dizemos:
foram os nossos dedos sacrílegos
os arquitetos deste sortilégio.
Os patamares do céu arqueiam-se
nos degraus ciciados pelas palavras.
que são ouro cultivado pelas nossas bocas.
E nos corpos
levamos um pedaço de maresia
que adia o crepúsculo.
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