O dever de março é uma impostura:
a Primavera adia os tentáculos
sobrando um março que soa a janeiro
– e o corpo delira
em sua exsudação estival
sonhando com uma estação
a preceito.
O devir de julho
é açambarcar o desejo
com um inverno
como nos bons velhos tempos.
(e havia tanto a dizer
sobre os bons velhos tempos,
ou o que a expressão idiomática contém,
mas hoje
não é dia de empreitadas gongóricas.)
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