A voz da madrugada
objeta o sonho derruído.
Não há matéria válida
jogada no avesso da vontade
e as cicatrizes da mudez
não passam de pele tatuada.
Não se diga da penumbra
o que se diz de vultos desassisados:
em cima do desenho pueril
sobressai o pesadelo itinerante,
a voz tumultuosa que agrava o medo
um porventura deslaçado murmúrio,
tardio.
A voz da madrugada
ainda silenciosa
pressente a tortura consecutiva.
Daí o silêncio estrutural.
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