4.1.25

#3372

Tiramos à pele 

o corsário

nós 

os tão civilizados, 

selvagens sem a cor de o ser.

3.1.25

Injustiças indocumentadas (483)

A exuberância da época

ou a embriaguez dos convidados 

para o festim do consumo:

todos aos saldos

todos aos saltos.

#3371

Que prosa me contas, 

ó avesso da alma, 

nestas vascas da vida?

2.1.25

Em meu nome

Em meu nome

as bandeiras derruídas

os archotes contra o solipsismo

a matéria etérea nas costuras do dia

os dados que nos são dados

enquanto os dedos adivinham a manhã. 

 

Em meu nome

constelações por inventariar

a pele junto ao peito

o forasteiro dividido 

entre a pertença e a ausência

um proeminente cabo que investe contra o mar

a maresia agitada contra as bocas druidas

uma armadura à prova de mundo

o cais generoso. 

 

Em meu nome

o paradeiro dos escrivães dos tempos omissos

a letargia fundente

o degelo armistício

o esquecimento pródigo.

#3370

De parte alguma, 

a voz certeira

o olhar síndico.

1.1.25

Injustiças indocumentadas (481)

Muito se fala 

da última instância 

sem se saber do paradeiro 

da instância primeira.

Injustiças indocumentadas (480)

Self-mad man.

#3369

Ainda esperneiam

as borras do ano ido 

e uma promessa de ano 

debate-se 

no frágil espaçamento do tempo.