É a maresia que adocica o dia
à medida que o relógio se adianta à luz
e os desacontecimentos se orquestram
no idioma válido.
Diziam
que somos todos derrotados
mas não acreditei;
está é uma teimosia cara aos vencedores
um cálice bordado a ouro para o melhor néctar
as pétalas encimando as pálpebras prístinas
e outros modos de falar
que passam pelo silêncio.
Tomo o entardecer como solução para as dúvidas
sob a tutela de um copo de vinho
a espada para desfeitear o dia tumultuoso
à espera que a maré encha
no recobro solitário dos verbos desarrumados.
Esta é a fértil absolvição imprevista:
o revólver vazio
acompanha a solidão da noite.
Ainda bem que não há vítimas
no perímetro sob a tutela do olhar.
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