17.4.25

Palavras descruzadas

Pelo garrote incensado

as conspirações amontoadas

no prato da História. 

Emudecem de raiva

os geniais vultos 

que cultivam o despropósito 

assobiam para o alto

como se prevenissem as desgraças

de descerem ao chão dos Homens vãos

e tudo se falasse com o verbo futuro

por tão elevada crença nos dissídios. 

Às contrariedades respondemos com esgares

o mal disfarçado desprezo pela atonia.

As pessoas não se escondem

do avesso que as desonra. 

Desovam as fraquezas que os consomem

mesmo que as fragilidades

falem de um futuro ainda por aplicar 

como se houvesse apenas 

palavras esvaziadas.

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