Rasuradas as lágrimas
extingue-se o vulcão da memória.
Agora somos só nós
uns braços sem arestas
e a visibilidade da manhã fria.
À sorte
pedimos a água que afasta a sede
uma maré sem nome
que se alista no cais sem prescrição.
Dizemos adeus
aos fantasmas diletantes
e no compêndio da fala
convocamos as bocas sem mudez
elas em forma de poetas
embuçando o exército de párias.
Sem comentários:
Enviar um comentário