A rota dos fracos
os que fraquejam sem medo
e de si se dão à fúria do tempo
e das pessoas
matérias válidas
no esplendor de bibliotecas ajardinadas
eles
que não se emancipam da multidão
e levam os vultos em trelas distantes
enquanto a noite se assenhoreia dos baldios
e os transforma em vestimentas dignas
de príncipes.
E dizem:
os outros estão gastos
e essa fraqueza ninguém convoca
como se os flocos de neve
metamorfoseassem o chão sujo
tão célere a precisar do disfarce da neve
sobre si.
Os outros estão gastos:
ou então somos nós
puídos da cabeça aos pés
em poses arrevesadas
ensebando a sela onde lugar têm
as palavras arrancadas a dicionários.
Servem-se os chapéus
como gare para que o mundo,
se desabar com fragor,
caia ao lado deles.
Talvez acreditem em acasos.
Ou
na boa fortuna dos lugares em decadência
e sabemos então
que a decadência
não contraria o despojamento.
Sem comentários:
Enviar um comentário