7.5.25

Serviçal

Não é do descongelar das almas 

que precisamos;

é de subir ao promontório 

colher a maresia distante

e não fica sitiado pela indiferença

pelo regime estéril dos rostos sem nome

ou dos lugares demandados

como se estivéssemos em hibernação.

Precisamos

de poemas sem regras

sem temermos os juízos implacáveis

dos eruditos que a si chamam a chancela.

Precisamos disso mesmo 

um módico de manhã que se insinua

com a luz clara

um curativo para o olhar

tão embaciado depois dos contratempos

que acham nome no estatuto do mundo.

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