8.9.25

Palavra de desonra

Um aformoseado ramo de cheiros

coloniza o quarto

a centelha acende-se na fruição das mãos

mesmo que estejam às escuras os olhos

mesmo que pendidos amanheçam os dias

não são as convulsões averbadas pelos pesadelos

a desfazer os propósitos

e o reino não fica pária. 

 

Amanhã

começo no dorso da manhã

e sigo por aí dentro

até ser o imperador ilibado

o poeta sem franquia

que não desiste

não desiste

e do dia 

faz o seu trono imorredoiro. 

Sem comentários: