10.9.25

Parque de estacionamento

Desta janela

desenhamos a paisagem.

É a nossa feitoria

como se a história tivesse parado

e os rios habilitassem as estrofes cheias.

As mãos dão nomes aos lugares

numa alquimia que cobre de ouro

as veias animadas com o vagar do tempo.

Atravessamos o luar tingido:

é nas costas do medo 

que descobrimos o segredo.

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