Sabia
que
as escadas adulteravam
a
noite.
Que
as mãos atadas
eram
vistoria
a
destempo.
Que
os beijos prometidos
rimavam
com areias
movediças.
Sabia
que
o velho cais
esperava.
Que
os ulmeiros desmaiados
desconfiavam
do tempo
gasto.
Que
as batinas embuçadas
aperfeiçoavam
os ardis
militantes.
Sabia
que
as rotundas podiam ser
ao
contrário.
Que
o poente
era
um rio
sem
horizonte.
Que
as árvores outonais
regressavam
à opulência
matinal.
Sabia
o
que os livros emprestavam
ao
olhar.
Que
as marés desajeitadas
compunham
as costuras
da
alma.
Que
um triunvirato entronizado
bebia
até os sentidos ficarem
embotados.
Sabia
que
essa era a melhor
lucidez.
Por
saber
que
em tais preparos
nada
era o saber.