Espasmos
fermentam
nos
nós do cérebro
um
carregamento de cultura desliza na tela
à
medida que se imagina o poema em alemão.
As
cruzes do vento vadio
invadem
as esquinas ardilosas das ruas
estão
de atalaia aos mastins
que
se passeiam, disfarçados.
Colhem
as sementes da noite
mendigos
curvados ao frio epistolar
sem
darem conta que há contas a acertar
no
diadema guardado na pedra tumular.
Os
ascetas cínicos fingem que cantam
fingem
que sentem os fingimentos venais
sem
olharem aos cordéis de antanho
sem
se importarem com as marés levantadas.
Os
rochedos proeminentes em forma imperatriz
levantam-se
do chão turgido pelo nevoeiro
gritando
em forma de vento
consumições
evaporadas nas nuvens torrenciais.
Um
murmúrio de algures
atravessado
nas ruas claras
cristaliza
os medos rombos
das
furiosas damas recusadas.
E,
depois do lauto manjar,
pitonisas
e escandalosos servidores do reino
oferecem
seus préstimos malsãos
à
espera que a luz do dia não seja timorata.
Os
maus modos servem-se em danças destiladas
com
maus costumes invasores das boas almas
sem
sobrar um vestígio de decência
nos
alvores de nova decência desensinada.
Os
lobos e as outras más bestas
levantam
âncora e suplicam poupança
destes
novos preparos que os afligem
no
solene anúncio de um lugar reinventado.
Desaprovados
os ardis em grosso compêndio
à
tona apenas os genuínos sentires
redesenhando
as bissetrizes de tudo
em
identidade com a nova maré que se pôs.
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